COZINHA DOS PAÍSES DE LINGUA PORTUGUESA

No período colonial, fizeram-se vários ensaios de africanizar a cozinha portuguesa.Em Moçambique, por exemplo, o revitalizar do património culinário contra a adulteração daquela cozinha estranha à cultura e aos moçambicanos, foi timidamente ensaiado nos primeiros anos pós independência.Algumas das receitas divulgadas, então, eram representativas da verdadeira e genuina cozinha moçambicana.A mucapata, o mucuane, a mathapa, o tocossado o frango à zambeziana, o caril de amendoim, são alguns dos pratos a que me refiro e que são subscritos por moçambicanas bem conhecidas na arte de cozinhar.É impossível falar da cozinha moçambicana, omitindo a colonização e a consequente repressão cultural . Disto falaremos, oportunamente.
Entretanto, com a descolonização, todos e cada um dos países pode, também aqui, fazer a sua própria história.
Regressamos ao passado gastronómico, à cozinha tradicional, mergulharemos nas raízes, passaremos pelo presente, questionaremos opções e espreitamos novas influências.
Assim, apostamos na divulgação do que de mais representativo, existe, na cozinha dos países de língua portuguesa.
Gostariamos de contar com a colaboração de todos os que por aqui vão passar.


sexta-feira, 29 de maio de 2009

MANDIOCA É BOM DEMAIS


Tem muita coisa que se acha que é brasileira mas não é, veio de algum canto das Américas, da África ou da Ásia tropical e acabou se adaptando tão bem à nossa terra que passa por nativa; outras coisas são nativas do Brasil, mas aparecem do mesmo jeito em outros lugares de clima semelhante. É o que acontece com o coco, o amendoim, o quiabo, o abacaxi, o maracujá, a manga, o tamarindo, a pitanga, a goiaba e as diferentes espécies de banana. Mas com a mandioca, não tem conversa, ela é brasileiríssima e ponto, ninguém duvida, e daqui foi para os outros cantos do mundo.
A verdade é que, há mais de 500 anos, a mandioca aparece na mesa de tudo quanto é brasileiro, do mais pobre ao mais rico, nas refeições mais caseiras ou nas comemorativas, e, às vezes, como única coisa que se tem para comer, já que muita gente passa o dia à base de mandioca cozida com melado, rapadura, requeijão ou manteiga e farinha com uma caneca de café bem doce ou uma tigela de polpa de açaí (excertos de "Entre Panelas e Tigelas" de Heloisa Bacellar -Brasil)

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