COZINHA DOS PAÍSES DE LINGUA PORTUGUESA

No período colonial, fizeram-se vários ensaios de africanizar a cozinha portuguesa.Em Moçambique, por exemplo, o revitalizar do património culinário contra a adulteração daquela cozinha estranha à cultura e aos moçambicanos, foi timidamente ensaiado nos primeiros anos pós independência.Algumas das receitas divulgadas, então, eram representativas da verdadeira e genuina cozinha moçambicana.A mucapata, o mucuane, a mathapa, o tocossado o frango à zambeziana, o caril de amendoim, são alguns dos pratos a que me refiro e que são subscritos por moçambicanas bem conhecidas na arte de cozinhar.É impossível falar da cozinha moçambicana, omitindo a colonização e a consequente repressão cultural . Disto falaremos, oportunamente.
Entretanto, com a descolonização, todos e cada um dos países pode, também aqui, fazer a sua própria história.
Regressamos ao passado gastronómico, à cozinha tradicional, mergulharemos nas raízes, passaremos pelo presente, questionaremos opções e espreitamos novas influências.
Assim, apostamos na divulgação do que de mais representativo, existe, na cozinha dos países de língua portuguesa.
Gostariamos de contar com a colaboração de todos os que por aqui vão passar.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

CULINÁRIA AFRO-BRASILEIRA

A primeira agricultura européia no Brasil foi baseada no conhecimento prático dos índios, seguindo-lhes os métodos e apenas introduzindo novas plantas e os animais domésticos. Depois, foi a culinária dos africanos escravizados, que traziam mais de mil anos de experiência de comer bem. O/a negro/a introduziu na cozinha o leite de coco-da-bahia, o azeite de dendê, confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre a do reino, deu ao Brasil o feijão preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, cuzcuz, angu e pamonha. A cozinha negra, pequena mas forte, fez valer os seus temperos, os verdes, a sua maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo ingredientes; fez a mesma coisa com os pratos da terra; e finalmente criou a cozinha brasileira, descobrindo chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos com camarão seco e a usar as panelas de barro e colher de pau. As maravilhas da cozinha afro-brasileira que fazem aumentar a saudade do brasileiro distante, capaz de chorar de emoção como chorou D. João VI na hora da partida, deixando uma polpuda pensão para a negra cozinheira que lhe preparava as delícias da culinária afrobrasileira. Tirado daqui

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado por linkar meu blog!
É smepre importante darmos importância para o nosso passado. E logicamente não devemos esquecer de nosso pezinho na senzala..

hhehe

Abraços,

Thiago Cruz