COZINHA DOS PAÍSES DE LINGUA PORTUGUESA

No período colonial, fizeram-se vários ensaios de africanizar a cozinha portuguesa.Em Moçambique, por exemplo, o revitalizar do património culinário contra a adulteração daquela cozinha estranha à cultura e aos moçambicanos, foi timidamente ensaiado nos primeiros anos pós independência.Algumas das receitas divulgadas, então, eram representativas da verdadeira e genuina cozinha moçambicana.A mucapata, o mucuane, a mathapa, o tocossado o frango à zambeziana, o caril de amendoim, são alguns dos pratos a que me refiro e que são subscritos por moçambicanas bem conhecidas na arte de cozinhar.É impossível falar da cozinha moçambicana, omitindo a colonização e a consequente repressão cultural . Disto falaremos, oportunamente.
Entretanto, com a descolonização, todos e cada um dos países pode, também aqui, fazer a sua própria história.
Regressamos ao passado gastronómico, à cozinha tradicional, mergulharemos nas raízes, passaremos pelo presente, questionaremos opções e espreitamos novas influências.
Assim, apostamos na divulgação do que de mais representativo, existe, na cozinha dos países de língua portuguesa.
Gostariamos de contar com a colaboração de todos os que por aqui vão passar.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CASTANHAS DE OVOS DE VISEU



Ingredientes: 500g de açúcar; 1,5 dl de água; 30 gemas; gema de ovo para pincelar

Preparação:

1 - Num tacho misture o açúcar com a água e leve ao lume, tapado; quando começar a ferver destape e deixe aproximadamente 5 minutos.


2 - Retire do lume, deixe arrefecer um pouco e junte as gemas, levemente batidas; mexa muito bem e leve de novo ao lume até atingir ponto de estrada, bem definido.


3 - Retire o preparado do lume, deite numa travessa e deixe arrefecer. Depois de frio, faça bolinhas com o feitio de castanhas e pincele-as com gema de ovo.

Deixe-as secar e queime-as com um ferro em brasa ou com um maçarico.


NOTA:Ponto de estrada é muito utilizado na preparação de doces e geleias, este grau de cozedura verifica-se deitando num pratinho um pouco da mistura em ebulição e passando-lhe a todo o comprimento a colher de pau ou o dedo.Se as duas partes da mistura não se juntarem e o "risco" se mantiver, está atingido o ponto de estrada.

Caso contrário, derá necessário deixar continuar a fervura até atingir este ponto